.



 
 

RISCO de liquidez

 

Trata-se da possibilidade de ocorrência de um descasamento entre os fluxos de pagamento e de recebimento, gerando, desse modo, uma incapacidade para cumprir os compromissos assumidos. Ou seja, em tal situação, as reservas e disponibilidades de uma instituição tornam-se insuficientes para honrar as suas obrigações no momento em que ocorrem.

 

O risco de liquidez no negocio bancário pode ter a sua origem quando ocorram:

 

  • Dificuldades na captação de recursos para financiar os ativos, conduzindo, normalmente, ao acréscimo dos custos de captação, mas podendo implicar, também, uma restrição do crescimento dos ativos;
  • Dificuldades na liquidação de obrigacoes para com terceiros, induzidas por descasamentos significativos entre os prazos de vencimento residual de ativos e passivos.

 

ESTRUTURA DO CONTROLE DE RISCO DE LIQUIDEZ

A Gestão do Risco de Liquidez é feita pela unidade de Risco de Mercado e Liquidez, unidade independente das áreas de negócios do BCG Brasil, subordinada ao Diretor de Riscos – estatutário, e alinhada com os princípios, práticas e políticas adotadas pela matriz. A garantia de uma participação ativa da Alta Administração nos temas relativos à Risco de Liquidez se dá através de:

  • Relatórios de uso e consumo de limites;
  • Comitê ALCO;
  • Reuniões do Conselho de Administração.

 

Os principais intervenientes / contribuidores na atividade diária de gestão de risco de liquidez são:

  • Risco de Mercado e Liquidez: monitora a liquidez do Banco e limite mínimo de liquidez estabelecido.
  • Tesouraria: responsável pela execução de operações com o mercado e gestão da liquidez do Banco.

 

METODOLOGIA

O principal fórum de discussão das estratégias relacionadas a gestão do Risco de Liquidez é o Comitê ALCO. Neste âmbito são definidas métricas para gestão de liquidez, medidas mitigadoras do risco de liquidez, plano de contingência de liquidez.

A
s principais métricas / indicadores relativos a gestão do risco de liquidez são:

  • Usos e Fontes – análises prazos, Gap’s e custos;
  • Fluxo de caixa projetado – novas captações, desembolsos e rolagens;
  • Limite de GAP’s entre ativos e passivos;
  • Estabelecimento de limite de liquidez mínimo para horizonte de 90 dias;
  • Indicadores de risco de liquidez de curto e longo prazos;
  • Aplicação de cenários de stress de liquidez

As decisões do Comitê ALCO e os limites e políticas estabelecidos tem como objetivos:


(i) assegurar uma base de financiamento equilibrada para apoiar a estratégia de desenvolvimento do BCG Brasil 
(ii) garantir que o Banco esteja sempre em posição de cumprir suas obrigações perante seus clientes 
(iii) garantir não provocar uma crise sistêmica exclusivamente por suas próprias ações 
(iv) cumprir com as normas estabelecidas pelo supervisor do sistema bancário local 
(v) manter o custo de refinanciamento o mais baixo possível 
(vi) lidar com eventuais crises de liquidez
 


O comitê ALCO também é informado de qualquer situação de crise de liquidez e é um dos principais responsáveis por decidir sobre a atribuição de funções de gestão de crises e aprovação de planos de emergência. 



TÉCNICAS DE MITIGAÇÃO DE RISCO

Como parte da rotina de gestão de liquidez, em caso de uma crise de liquidez temporária, os ativos mais líquidos do BCG Brasil constituem uma reserva de liquidez que permite ao Banco ajustar sua posição de tesouraria através de operações de venda com recompra ou em operações com o Banco Central. No caso de uma crise de liquidez prolongada, o Banco tem como alternativas acessar linhas emergenciais de liquidez ou optar por reduzir gradualmente seu balanço com a venda definitiva de ativos.

 

Por último, o risco de liquidez é reduzido pela diversificação das fontes de financiamento em termos de estrutura, instrumentos e investidores.